Perguntas e Respostas sobre Ezequiel, Capítulo 47
O Rio que Cura: A nascente do altar, a cura do Mar Morto e a expansão das fronteiras.
1 A Origem Específica da Água
A água sai de "debaixo da entrada" e passa "ao sul do altar" (v. 1). Por que a nascente está ligada ao local do sacrifício?
Ensina que não há Vida sem Expiação.
- O Altar: É o lugar da morte substitutiva.
- A Lição: O rio da bênção não flui das boas obras humanas, mas da obra redentora. A Cruz (o Altar) é a nascente do Pentecostes (o Rio). A graça que cura o mundo nasce no sacrifício do Cordeiro.
2 O Milagre Hidrológico (Crescimento sem Afluentes)
O rio aumenta drasticamente sem receber afluentes. O que esse fenômeno "impossível" sugere sobre a Graça?
Sugere a auto-multiplicação sobrenatural.
- Hidrologia Divina: O rio de Deus cresce por si mesmo. Quanto mais corre, mais volumoso fica. Isso ensina que a Graça é inesgotável e progressiva. A revelação de Deus expande-se à medida que caminhamos nela.
3 A Progressão da Caminhada (Os Níveis)
O que significa a transição de "água pelos joelhos" para "águas que se devia nadar" (v. 3-5)?
Significa a transição do Controle para a Rendição.
- Joelhos/Cintura: Você ainda sente o chão e tem controle.
- Nadar: Você perde o contato com o chão e a correnteza o leva. É a plenitude do Espírito, onde o crente deixa de caminhar pela própria força e passa a ser movido pela vontade de Deus.
4 A Cura do Ponto Mais Morto da Terra
O rio desce para o Mar Morto (v. 8). Por que Deus escolheu esse destino final?
Para demonstrar o poder da Ressurreição.
- O Milagre: O Mar Morto é o símbolo máximo da morte irreversível. Se Deus pode curá-lo, pode curar qualquer coisa. A graça de Deus corre em direção aos lugares mais tóxicos e desesperados da experiência humana para trazer vida.
5 A Exceção dos Brejos (O Sal Necessário)
Os "brejos e pântanos" não serão curados, mas deixados para o sal (v. 11). Por que preservar o sal?
Porque o sal é vital.
- Equilíbrio: O sal era necessário para temperar as ofertas (Levítico 2:13) e para consumo. Deus cura a morte, mas preserva os recursos. A restauração não elimina a utilidade das coisas necessárias para a preservação. Mesmo no Reino perfeito, haverá diversidade ecológica.
6 As Árvores Medicinais
As folhas das árvores "servem de remédio" (v. 12). Como isso conecta com Apocalipse 22:2?
- Conexão: Ambas descrevem a realidade escatológica onde o rio do trono produz cura.
- Remédio: A palavra sugere cura terapêutica. No Reino futuro, a cura não será apenas um evento pontual, mas um processo contínuo acessível a todos. A presença de Deus é a saúde das nações.
7 En-Gedi e a Indústria da Pesca
Haverá pescadores em En-Gedi (v. 10). Quão chocante era essa imagem na antiguidade?
En-Gedi hoje é um oásis no deserto, mas o Mar Morto ao lado não tem peixes.
- O Choque: Dizer que haveria pesca ali era como dizer "plantações na Lua". Era uma impossibilidade biológica. A profecia garante que a transformação será tão radical que criará abundância onde só havia esterilidade.
8 A Revolução da Herança (O Estrangeiro)
Os estrangeiros receberão herança de terra como nativos (v. 22-23). Como isso antecipa o Novo Testamento?
Esta é uma revolução jurídica. Na Lei antiga, a terra era exclusiva das tribos.
- Nova Ordem: No Reino futuro, a cidadania não é por DNA, mas por fé e residência com o povo de Deus. Isso antecipa o "mistério" de Efésios 3:6: os gentios são co-herdeiros.
9 As Fronteiras Expandidas
As fronteiras descritas (v. 15-20) abrangem uma área maior que a histórica. O que isso diz sobre a promessa a Abraão?
- O Cumprimento: Deus cumpre o que promete, mesmo que demore milênios. Israel nunca desfrutou plenamente das fronteiras prometidas em Gênesis 15. Ezequiel reafirma que, no Reino Messiânico, Israel possuirá a totalidade da herança. A história termina com a posse literal do que Deus jurou.
10 "Jeová-Shamá" (O Nome da Cidade)
O rio flui para fora do templo. O que isso ensina sobre a natureza "missionária" da presença de Deus?
O fluxo prepara o cenário para o nome final da cidade (Jeová-Shamá, Cap. 48).
- A Lição: O Deus que "Está Ali" não fica confinado entre quatro paredes. A religião antiga era centrípeta (trazer ofertas); o Rio de Ezequiel é centrífugo (a vida sai para fora). Deus habita no centro para curar a periferia.
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